YouTubers mirins: Fórum Nacional discute nova modalidade de trabalho infantil

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02/02/2018|

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Trabalho infantil, superexposição e incentivo ao consumismo são algumas das ameaças ao desenvolvimento de meninas e meninos

Matéria de Cristina Sena, originalmente publicada no site do
Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI)


A ampliação do acesso de crianças e adolescentes a celulares, tablets e outras telas portáteis criou uma nova modalidade de trabalho infantil: os youtubers mirins. Nesta atividade, crianças e adolescentes gravam vídeos periodicamente em seus canais no YouTube e são remunerados por fabricantes de produtos para os quais fazem propagandas ou pela própria rede social, devido a anúncios inseridos ao longo do vídeo.

YouTubers mirins: Fórum Nacional discute nova modalidade de trabalho infantil. Crédito: Luce?lia Ribeiro/Creative Commons/Arquivo Agência Brasil

Crédito: Luce?lia Ribeiro/Creative Commons/Arquivo Agência Brasil

A atividade é prejudicial tanto para a criança ou adolescente que mantém o canal quanto para o público infantojuvenil que assiste.

“Nos vídeos de ‘unboxing’ de brinquedos, jogos, roupas e outros produtos, nos quais o youtuber mirim desempacota o item recebido do fabricante e relata porque é tão divertido ter um deles, ocorre claramente trabalho infantil, pois a marca divulga seu produto por meio do depoimento ‘espontâneo’ da celebridade mirim possuidora de canal com milhares de inscritos e curtidas”, explica a especialista em trabalho infantil artístico, Sandra Cavalcante.

A voz dos especialistas

Segundo a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), há casos em que o youtuber fornece um código especial de desconto para quem quiser adquirir um item igual no site do fabricante.

É comum ainda que meninas e meninos sejam remunerados pelo Google, em decorrência da audiência e inserção de anúncios publicitários antes da exibição dos vídeos.

Prejuízos

A advogada do Programa Criança e Consumo do Alana, Livia Cattaruzzi, lista o consumismo e o materialismo, a diminuição de brincadeiras criativas, a obesidade infantil, a erotização precoce, violência e segregação de gênero como algumas consequências da exposição à publicidade infantil.

Confira a íntegra da matéria no site do FNPETI.

O afeto no lugar do brinquedo, sem a necessidade do consumo excessivo

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