Assassinato no Pará deixa conselheiros tutelares de luto

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13/01/2017|

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O conselheiro tutelar Rondineli Maracaipe foi morto a tiros nesta quarta-feira (11), em Itupiranga, no sudeste do Pará. O profissional estava a caminho de um atendimento, no centro da cidade, quando seis disparos o atingiram.

O também conselheiro tutelar Jorge Ferreira, que acompanhava Maracaipe na diligência, foi baleado na região no abdome. Após passar por cirurgia, está internado no Hospital Municipal de Itupiranga.

A Unidade da Divisão de Homicídios da região vai investigar o crime, que expõe a vulnerabilidade e os riscos aos quais muitos conselheiros tutelares estão sujeitos no Brasil. Imagens de câmeras de segurança instaladas perto do local do assassinato serão analisadas pela polícia. Algumas testemunhas já foram ouvidas, segundo o site G1.

Nas redes sociais, colegas de Maracaipe, de diferentes municípios do país, dividiram-se entre os sentimentos de tristeza e revolta.

“Todos nós lamentamos a morte do companheiro Maracaipe. Infelizmente, foi uma tragédia anunciada, pela falta de estrutura que predomina nos Conselhos Tutelares. Este é um problema que avança sobre a questão da nossa segurança”, diz o conselheiro tutelar Daniel Péres, parceiro da Rede Peteca na seção Tira-Dúvidas.

“Nosso atendimento visa a proteção integral da infância, mas esse papel nem sempre é compreendido por setores da sociedade, que veem o Conselho Tutelar como uma espécie de polícia de crianças. Nesse cenário, o conselheiro tutelar pode ficar em situação de risco de vida”, acrescenta Péres.

Com população de aproximadamente 50 mil habitantes, Itupiranga é uma das cidades mais inseguras do Brasil, segundo o Mapa da Violência de 2011, elaborado pelo governo federal. A taxa no município é de 160,6 homicídios por 100 mil habitantes.

O conselheiro tutelar tem papel fundamental na garantia dos direitos da infância. Com atribuições previstas pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é responsável por fiscalizar possíveis violações cometidas contra crianças.

O ataque a um conselheiro tutelar é, dessa maneira, um ataque à rede de proteção dos direitos da infância.

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