Trabalho infantil: conquistas de 2017, desafios de 2018

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02/01/2018|

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*Com informações da Agência Senado

Quais foram os principais feitos da agenda política em relação ao combate infantil durante o ano de 2017? Para 2018, como estão as previsões?

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal protagonizou iniciativas importantes. Entre elas, a campanha “100 milhões por 100 milhões”, que trouxe ao Senado o indiano Kailash Satyarthi. Defensor dos direitos humanos, Kailash é ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2014 por retirar mais de 80 mil crianças e adolescentes do trabalho precoce e análogo à escravidão.

Kailash na Campanha 100 milhões por 100 milhões. Crédito: OIT.

Kailash na Campanha 100 milhões por 100 milhões. Crédito: OIT.

Lançada em 13 de junho, um dia depois do “Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil”, a iniciativa é focada na erradicação do trabalho infantil e no combate da exclusão escolar, como mostra a reportagem de Marcela Diniz, da Rádio Senado (clique abaixo para ouvir).

Desafios mundiais para 2018

“A vinda do Nobel ao Brasil para o lançamento é um marco global e representa apenas o começo de uma mobilização muito grande nacional“, afirmou Daniel Cara, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A organização coordena o projeto de Kailash Satyarthi no Brasil, com o apoio do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Também integrante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Maria Rehder, coordenadora de projetos da instituição, explicou à Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil a relação direta do trabalho precoce com a evasão escolar.

“O grande problema é que a maioria dos que estão fora da escola são afrodescendentes, quilombolas, indígenas, deficientes e vítimas de explorações, como o trabalho infantil. Quando uma criança é exposta ao trabalho infantil, ela não frequenta a escola e passa a ser vítima de várias violações”, analisa.

Os encaminhamentos da IV Conferência Mundial para a Erradicação Sustentável do Trabalho Infantil

Investir na comunicação é uma das principais armas para o combate ao trabalho precoce. Este foi o assunto central debatido na IV Conferência Mundial para a Erradicação Sustentável do Trabalho Infantil, em novembro.

O evento contou com mais de 100 países. Entre os participantes, representantes de governos, sociedade civil,  trabalhadores e empregadores.

Entre as organizações da sociedade civil brasileiras estava a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho). Luciana Conforti, diretora de Cidadania e Direitos Humanos, e Noemia Porto, vice-presidente da entidade, participaram dos três dias de evento. Relembre a entrevista com Noemia Porto.

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